A palavra Loja é usualmente utilizada para designar os locais onde se faz a reunião regular, porém a mesma é utilizada no dia a dia quando nos referimos ao comércio, então porque utilizamos esta palavra, qual sua explicação e origem? Vejamos.
Substantivo feminino (do germânico: leubja e do frâncico: laubja, através do francês: loge), designa o pavimento térreo de um prédio, a casa comercial estabelecida em loja; o local em que uma sociedade maçônica realiza suas Sessões e, por extensão, qualquer corporação maçônica (na realidade, prefere-se falar em Templo, para designar o local de reunião, reservando o vocábulo Loja para designar a corporação). A palavra loja teve sua origem nas Guildas medievais. Na antiga língua germânica, a palavra leubja (cuja pronúncia é lóibja) significa lar, casa, abrigo e acabou dando origem a palavras de sentidos, as vezes diferentes, em outros idiomas, lodge, em inglês, loge, em francês, loggia, em italiano, logia em castelhano e assim por diante; em português a palavra loja é provavelmente do frâncico (idioma dos antigos francos) laubja, pelo francês loge e siginifica pavimento térreo de um prédio, além de casa comercial; em italiano loggia passou a designar a entrada de edifício, ou galeria usada para exposições artísticas, para venda de produtos artesanais, ou como pátio, varanda, alpendre. Nem todas essas palavras, portanto, designam casas comerciais; mas todas designam a reunião e a corporação de Maçons. O vocábulo surge, pela primeira vez, em 1292, num documento de uma guilda. As guildas de mercadores passaram a adotar a palavras para designar os seus locais de depósito e de venda de produtos manufaturados, enquanto que as guildas artesanais a adotaram para designar os seus locais de trabalhos; ou seja, as oficinas dos mestres artesãos. Das guildas de mercadores originou-se o nome das casas comerciais, enquanto que das guildas artesanais originou-se o nome das corporações maçônicas; embora, atualmente, não tenham nada em comum, ambas tem a mesma origem. Isso, entretanto, não ocorre em todas os idiomas: em inglês, por exemplo, as lojas comerciais são os magazines; em francês são os magasins ou ateliers (este último termo também designa estúdio artístico e oficina de trabalho podendo ser usado para uma Oficina Maçônica); mas tanto lodge como loge além de camarim, choupana, tenda, cabana, camarote, alojamento, hospedaria, designam sempre uma corporação maçônica. O vocábulo deve ser mais usado para designar não o local de reunião, que é o templo, mas sim, a corporação maçônica, quando os seus membros reúnem-se num Templo; ao final de uma Sessão, a loja é considerada fechada, mas o Templo continua aberto, inclusive para outras Lojas.
Fonte: Dicionário Etimológico Maçônico - H-I-J-L - 2ª Edição 1996 - José Castellani - Ed. Maçônica "A trolha" .
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